Se engana quem acha que a disputa entre municípios da Amunorpi (Associação dos Municípios do Norte Pioneiro) e Amunop (Associação dos Municípios do Norte do Paraná) se limita à briga para sediar a extensão da Universidade Federal do Paraná com o curso de Medicina. Antes da atual disputa, as regiões já tinham pleiteado o aeroporto regional, que entre Bandeirantes e Jacarezinho acabou indo para o primeiro município.rnMas em partes. O sentimento de inveja que ganhou o Norte Pioneiro com a derrota de Jacarezinho, tem se transformado em certa descrença. Com a previsão inicial de que o aeroporto poderia estar pronto até o fim de 2014 completamente frustrada, já que as obras sequer tiveram início, a sensação é de que esta pode ser mais uma entre tantas obras do governo federal no Paraná que não saíram do papel.rnA prefeitura de Bandeirantes vive a expectativa desde o anúncio (o que aconteceu no início de 2013) de que receberia R$ 15 milhões para transformar a antiga pista de pouso do município em um aeroporto de médio porte com capacidade de vôos comerciais regulares.rnNo entanto a velha pista de pouso continua com seu único hangar com estrutura precária e pista de chão batido, cheio de mato ao redor. O local, situado na zona rural do município distante alguns poucos quilômetros de centro de Bandeirantes, poderia estar recebendo grande parte dos vôos destinados ao Norte do Paraná, porém continua tão pacato quanto era há quatro décadas atrás, quando foi inaugurado.rnA previsão, porém, é de que no próximo ano a burocracia e morosidade do governo federal sejam finalmente superadas para que as obras tenham início.rnAlém de Bandeirantes, outros 14 municípios do Paraná foram beneficiados – Cascavel, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória – porém a maioria enfrenta o mesmo problema de lentidão para liberação dos recursos.
Fonte: Folha Extra – Lucas Aleixo