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Conheça Pin-Up, a primeira sex symbol da história

Em uma época onde a era Disco está de volta, as peças Vintage estão em alta e os anos 70 estão na moda, que tal voltar um pouco mais ao passado e conhecer as primeiras sex symbols da nossa história?rnQuando o nu feminino era considerado tabu, surgiram nos Estados Unidos as Pin-Ups, modelos com seios fartos, pernas grossas e cinturinha de pilão capazes de mexer com imaginário masculino até hoje.rnLá pelo final do século 19, no auge do teatro de revista, muitas dançarinas foram transformadas em estrelas após posarem para campanhas publicitárias, anúncios, cartões e maços de cigarros.rnPorém, foi o artista plástico peruano Alberto Vargas (1896-1982) quem praticamente criou o conceito pop da Pin-Up. Desde a sua chegada a Nova York, em 1916, ele se viu fascinado pela beleza e pelo estilo das garotas norte-americanas, passando a retratá-las.rnJá por volta da década de 40, elas ganharam força quando a revista masculina Esquire decidiu publicar um calendário com as garotas criadas por Vargas chamado “Varga Girls”.rnrnO calendário ganhou sucesso imediato, ocupando portas de armários e paredes dos quartos de milhares de admiradores. Muitos deles jovens soldados ou, ainda, atletas e adolescentes curiosos.rnJá que as imagens podiam ser recortadas de revistas, jornais, cartões postais e cromo-litografias, ficaram conhecidas como “Pin-Up” – a garota de papel que é pendurada por meio de alfinetes (to pin-up).rnQuem eram as Pin-UpsrnMuitas delas eram fotografias de atrizes e celebridades consideradas sex symbols na época. Um exemplo é Betty Grable, que se firmou como a primeira e mais popular Pin-Up quando um dos seus posters tornou-se onipresente nos armários de soldados norte-americanos.rnAliás, na Segunda Guerra Mundial as Pin-Ups eram carinhosamente chamadas de “a arma secreta” devido ao fato de servirem como “calmante” para os ansiosos pracinhas na frente das batalhas.rnNesta época, a exposição de fotos de mulheres nuas era vista como atentado ao pudor. Por outro lado, se uma mulher mostrasse suas pernas ela podia ser acusada de atitude subversiva.rnEntão, para evitar problemas e, ao mesmo tempo, “resolver outros”, o jeito encontrado para satisfazer a solidão dos soldados foi a criação de modelos, feitos a lápis e tinta, que reproduzissem o padrão de beleza feminina considerado ideal.rnAssim, após uma temporada bem-sucedida na Esquire, Vargas – que teve como modelos Marilyn Monroe e Ava Gardner – tornou-se também o principal ilustrador da revista Playboy, que desde o seu lançamento, em 1953, foi uma das maiores divulgadoras das Pin-Ups.rnVale lembra que um outro termo utilizado para definir “foto Pin-Up” é a expressão “cheesecake”, usada na frase “Better than cheesecake” (ou utilizando uma expressão brasileira, um verdadeiro pitéu) para qualificar uma mulher como bela.rnrnAs Pin-Ups no decorrer das décadasrn rnDestinadas à exibição informal, as Pin-Ups constituem-se em um tipo leve de erotismo. Seu conceito clássico é ser sexy sem ser sexy. Ter certa inocência e ingenuidade. Estar vestida, mas em alguma posição ou situação que revele, sem querer e de forma sensual, partes do seu corpo.rnCom a ascensão da cultura pop e do american way of life nos anos seguintes ao final da Segunda Guerra, a beleza e o estilo das Pin-Ups criadas por Vargas ganharam novas versões em diferentes estéticas e culturas.rnO cinema norte-americano e europeu foi uma das manifestações artísticas que as incorporou ao seu universo. Em Hollywood destacaram-se atrizes como Marilyn Monroe e Jayne Mansfield, enquanto que a Europa descobriu Sophia Loren e Brigitte Bardot.rnE em todas elas o padrão das Pin-Ups popularizadas pelas ilustrações de Vargas permaneceram. Eram mulheres bonitas, com seios volumosos, cinturas finas, quadris bem delineados, pernas torneadas e ar sensual.rnLá pelos anos 50 surgia Bettie Page, garota que se tornaria um ícone das Pin-Ups e da cultura pop. Aos 27 anos, ela entrou para a galeria das mulhers mais sensuais graças às suas aparições na revista Playboy, em calendários, nas cartas de baralho, outdoors e vários outros produtos, em situações provocantes.rnCom o surgimento da Pop Art dos anos 60, a fusão de Pin-Ups com a nova estética acabou sendo algo estrondoso e imediato. Foi assim que os artistas transformaram o vulgar em refinado.rnA imagem de Marilyn Monroe foi imortalizada em quadros de Andy Warhol. Além disso, dois dos principais artistas do gênero, Roy Lichtenstein e Mel Ramos, passaram a utilizar as Pin-Ups em suas obras.rnrnJá a partir da década de 70, com uma maior liberalização dos costumes e avanços da indústria pornográfica, as Pin-Ups perderam um pouco o seu espaço. Porém,  mantiveram-se no imaginário da cultura pop.rnAssim, o que começou como ilustrações para reproduzir a beleza estética e o poder de atração feminina se transformou em personagens de carne e osso, chegando a meados dos anos 80 graças a uma retomada da estética “Pin-Up” a ser marcada por elementos futuristas e fetichistas.rnAté hoje o universo dessas modelos são reeditados no cinema ou em artigos femininos, além de estampar alguns editoriais de moda, utensílios domésticos e objetos de decoração.rn rnOs criadores da Pin-Uprnrn- Alberto Vargas (1896-1982): nascido no Peru, Alberto Vargas chegou à Nova York em 1916 e os seus primeiros trabalhos foram cartazes para as peças teatrais na Broadway, nos quais já mostrou seu talento em retratar as belas atrizes. Desde os anos 20, criou várias ilustrações exóticas da nudez feminina. Porém, somente nos anos 40, quando começou a trabalhar para a revista masculina Esquire, é que suas Pin-Ups girls tornaram-se famosas e populares. Nos anos 60 e 70, Vargas foi o principal ilustrador da revista Playboy, criando ilustrações de Pin-Ups que viraram verdadeiras obras primas;rn rn- George Petty (1894-1975): sua fama vem da série de Pin-Ups que desenhou para a Esquire de 1933 até 1956 conhecida como “The Petty Girl”. Suas garotas ficaram mais famosas ainda ao serem reproduzidas nos aviões de combate usados pela Força Aérea Norte-Americana durante a Segunda Guerra Mundial. Incluindo o “Memphis Belle”, um B-17 conhecido como “fortaleza voadora”;rn rn- Gil Elvgren (1914-1980): alguns minimizam o seu valor por o considerarem um artista muito comercial, mas é justamente pela intensa criação de Pin-Ups para campanhas publicitárias de produtos da Coca-Cola e da General Electric, entre outras marcas, que Gil Elvgren tornou-se um dos mais importantes criadores de Pin-Ups no século 20. Além do seu trabalho para a publicidade, ele contribuiu com ilustrações para importantes revistas norte-americanas como, por exemplo, a Cosmopolitan.

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