Reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de São Paulo revela que fornecedores da Petrobras pagaram quase R$ 35 a uma empresa de fachada controlada pelo doleiro Alberto Youssef, segundo laudo da Polícia Federal. Youssef foi preso no último dia 17 dentro da operação “Lava a Jato”, da PF, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Ele é o mesmo que pagou jatinho fretado usado pelo vice-presidente da Câmara Federal, deputado paranaense André Vargas (PT), para uma viagem a João Pessoa (PB), em janeiro.rnSegundo a reportagem, um funcionário em nome de quem a MO Consultoria está registrada na Junta Comercial de São Paulo admitiu à PF que a empresa não tem atividade de fato. Ele decidiu colaborar com a PF na tentativa de receber uma pena menor.rnDe acordo com o jornal, a polícia suspeita que a Consultoria servia para repassar propina para funcionários públicos e políticos. A empresa teria movimentado um total de R$ 90 milhões entre 2009 e 2013.rnSegundo relatório da PF, há “fortes indícios da utilização das contas da empresa para trânsito de valores ilícitos”. A consultoria foi descoberta pela PF durante a investigação da Operação Lava Jato, que apura lavagem de dinheiro com uso simulado de importação e exportação.rnAinda de acordo com a reportagem, um dos negociadores dos contratos da refinaria seria o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também foi preso na Operação Lava Jato, por tentativa de ocultar documentos. A PF suspeita que Costa tenha negócios com Youssef e que usava os canais do doleiro para pagar subornos. Policiais estimam que Youssef movimentou R$ 10 bilhões em quatro anos.rnSegundo a PF, Waldomiro Oliveira disse em seu depoimento que sua função no escritório do doleiro era “fazer contratos com empresas indicadas por Alberto Youssef e, em seguida, receber depósitos, que seriam posteriormente transferidos para empresas também indicadas por Alberto Youssef”.
Fonte: politica em debate
