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Rosetta supera ficção ao pousar robô em cometa na busca pela origem da vida

Um sinal emitido a mais e 500 milhões de quilômetros da Terra mudou a história da exploração espacial nesta quarta-feira (12), ao anunciar que o robô Philae havia pousado com sucesso sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Dotado de um laboratório miniaturizado, o robô integra a missão Rosetta, que busca mais respostas sobre a origem da vida na Terra.rnO projeto da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que custou o equivalente a R$ 4 bilhões, entra para a história por fazer aquilo que até então só existia na ficção-científica. Um feito de engenharia, ciência e matemática combinados permitiu que um robô de tamanho semelhante ao de uma máquina de lavar viajasse 6 bilhões de quilômetros atracado à sonda Rosetta para alcançar o cometa 67P e, após alinhamento, iniciasse uma descida de sete horas para pousar pela primeira vez em um cometa.rnO robô Philae, aliás, pode ter pousado não apenas uma vez, mas duas vezes, segundo indicou  Stephan Ulamec, gerente de pouso da missão Rosetta. Informações iniciais apontam que o robô teria “quicado” sobre a superfície, antes da aterrissagem final. “Hoje não pousamos apenas uma vez, mas duas vezes no cometa”, afirmou Ulamec, sob aplausos dos cientistas e jornalistas reunidos no centro de Darmstadt, na Alemanha.rnA preocupação é que o robô não está fixado como deveria à superfície do cometa. Durante a operação, os arpões que deveriam ter sido disparados pelos pés do robô não funcionaram. Os cientistas terão de decidir se tentarão acionar os arpões novamente para garantir a atracagem.rnA posição na qual se encontra a sonda Rosetta, abaixo da linha do horizonte do cometa, fez com que o centro de controle perdesse o link antes do horário programado. A comunicação deve ser restabelecida nas primeiras horas desta quinta-feira (13), quando os cientistas saberão qual é a posição correta do robô Philae.rnAs primeiras imagens enviadas pelo robô Philae mostram a aproximação do cometa 67P. Os cientistas esperam que nesta quinta-feira seja possível receber imagens já do robô na superfície.rn”Foi um grande passo para a civilização humana”, afirmou Jean-Jacques Dordain, diretor da Agência Espacial Europeia.rnO robô é capaz de coletar e analisar amostras do solo, além de captar imagens que chegam ao centro de controle com uma atraso de meia hora. Como a distância entre o cometa e a Terra é considerável, os cientistas decidiram que não seria possível trazer as amostras — por isso optaram por enviar um laboratório ao cometa. rnO que faz do pouso do robô Philae um feito histórico repousa fundamentalmente no propósito da missão Rosetta. Os cientistas esperam descobrir mais pistas para determinar se a origem da vida no planeta Terra poderia estar associado ao bombardeio de cometas em eras passadas. “Cometas são a fonte original da água na Terra. Aquele robozinho está agora posicionado e pronto para reescrever o que sabemos sobre nós mesmos”, escreveu o astronauta canadense Chris Hadfield, que foi comandante da Estação Espacial Internacional.rnOs cometas são feitos de material que data da origem dos planetas e do nascimento do sistema solar. Os cientistas esperam aprender mais sobre essa formação e como os cometas carregaram água e materiais orgânicos complexos para os planetas.rnNão é a primeira vez que uma agência espacial envia uma sonda a um cometa. Em 1986, a Nasa (agência espacial norte-americana) enviou uma sonda que voou pela cauda do cometa Halley. Em 2005, a aeronave Impacto Profundo chegou a disparar um bloco de cobre no tempo Temple 1. Mas somente a missão Rosetta pode dizer que pousou um robô na superfície de um cometa.

Fonte: Uol

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